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Bem vindo(a)!

Sinta-se à vontade em passar pelos meus textos. Leia-os sabendo que, quem os escreveu não teve nenhuma pretensão, a não ser a de brincar com as palavras, uma de suas maiores paixões. Obrigada pela visita!

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segunda-feira, 13 de março de 2017

Paradoxo

Se me faltassem palavras, os pensamentos cobririam a falta delas e neles todas as minhas vontades, desejos, planos e um infinito remexer de passados e presente na busca de um futuro incerto, desejado.
Sou um turbilhão de emoções e muitas afloram tão forte que parecem saltar em busca de maiores espaços para existir. Vou dos sorrisos largos e generosos para lágrimas ora teimosas em cair ora discretas mas repletas do meu eu consciente, inconsciente muitas vezes. Sou o que passou e o que está em mim. Sou frieza e simultaneamente vulcão prestes a soltar suas lavas incandescentes em qualquer direção. Também sentimentos contidos por não poder sentir o sol e se expor. Sou a felicidade plena, a serena, a inquieta em busca de mais.
Sou o que sou e levo a vida assim, num paradoxo contante. Diferente... não dá para ser.

sexta-feira, 15 de julho de 2016

O barco da vida não espera ninguém

O barco não espera quem chega atrasado, segue seu curso e no próximo porto desembarca os passageiros pontuais e embarca novos cheios de sonhos, indiferentes aos atrasados que perderam sua provável única chance de fazer a viagem dos seus mais loucos sonhos.
No embarque da vida a regra é a mesma. Se há a necessidade de se fazer algo importante, não se pode perder a hora, senão lá se vai o trem das esperanças, levando apenas quem não descuidou e manteve-se alerta frente a passagem do tempo. 
Os acovardados não correram um pouco mais e, inseguros ao fazere as malas, perderam o cruzeiro mais especial de suas vidas. Agora, bolsa nas mãos, casaco desalinhado jogado sobre os ombros, olham o barco seguindo longe, pequenino na imensidão do mar, rasgando suas águas salgadas, dobrando serenamente a linha do horizonte, fazendo-se cada vez mais menor, menor, menor. Uma lágrima desce na face dos que estão cientes de não terem feito como deveriam, de não terem dado aos passos maior agilidade, não arrumado apenas o necessário para levar. Perderam tempo sonhando demais, viajaram tanto que a verdadeira turnê das noites mal dormidas pela ansiedade, deixaram de realizar sem possibilidade de nova chance. 
Cabisbaixos, viram-se na certeza de que o relógio é impiedoso, não volta atrás, e que tudo deverá retornar ao seu derradeiro lugar. Restam, ironicamente, imaginações de como teria sido a viagem se a coragem fosse a incentivadora do passo dado na direção da vontade e do coração.

segunda-feira, 11 de julho de 2016

História sem começo nem fim

O sol nasce todos os dias, mesmo encoberto por nuvens em forma do que a imaginação permitir. Fato idêntico acontece com as estrelas, toda noite lá, no lugar de sempre. O ar se movimenta constantemente, provocando leves brisas muitas vezes despercebidas ou fortes ventanias deixando estragos jamais esquecidos. As águas do rio descem cantarolando sobre ladeiras, ora mansas ora barulhentas, independente de notadas ou não.
Assim segue a vida indiferente à forma como é vista.
Crianças sorriem, choram, brincam, brigam, adormecem...
Homens vão e voltam para o trabalho de segunda a segunda; outros perambulam no mesmo tempo em busca de um meio que o sustente. Mulheres correm pra cá e pra lá dando conta de casa, filhos, marido...numa eterna e constante roda; para muitos, fato indiferente.
Sementes são jogadas ao chão, plantas nascem, crescem, dão frutos, morrem e outras nascem não permitindo que o ciclo da vida se interrompa.
Nesse vai e vem, pequenos fatos acontecem a todo momento e em todo lugar sem que ninguém saiba, mas contribuindo inegavelmente para a construção da história humana. E... num pequeno canto, menor que um grão de areia diante do universo, alguém chora o que se foi sem nunca ter vindo; um sorriso deixa de estampar o rosto marcado pela passagem do tempo. Tempo acabado sem ter sido passado a limpo. Tempo lamentado por ter deixado uma lacuna movida pela covardia, insegurança e pelo medo.
E agora José e Maria? Dá pra pontuar essa história?
E se todos os pontos já tiverem sido usados? E se nenhum deles tiver ajudado a resolver o, aparentemente, não resolvido?
E se apenas sobrou a interrogação? Péssimo, pois ela não diz nada, pelo contrário, cria e produz mais dúvidas e ansiedade.
Teria sido melhor o ponto final. Ele define mesmo na negação. Quem não o colocou na hora certa, amarga no presente a incerteza.
Fazer o que agora?


quarta-feira, 15 de junho de 2016

Pra que tanto ódio?

Ainda não me acostumo com os acontecimentos diários que vêm de todos os lados do mundo atualmente. Não é para acostumar mesmo, afinal, ódio, maldade, desrespeito, intolerância, preconceito, racismo, terrorismo...nada disso era para fazer parte da vida da gente.
Fico a me perguntar o que se passa na cabeça e no coração do ser humano que destila tanto ódio sob as mais diversas formas num outro ser humano?! Era para haver amor entre nós! Somos da mesma espécie, ou melhor, somos humanos, racionais! Era para dividirmos o que nos faz felizes! Era para multiplicarmos e semear o resultado da colheita com todos à nossa volta! Era para darmos as mãos e caminharmos juntos! Era para olharmos na mesma direção, na direção da construção, da edificação, da humanização de nosso espaço! E o que fazemos? Alguns assistem, indignados, as barbáries praticadas por grupos radicais; outros saem na defesa dos inocentes e, estes, merecem aplausos; e, surpreendentemente, há os defensores dos que usam a faca, a arma, a bomba, e tantos meios causadores da dor, das lágrimas, do coração dilacerado, das marcas impossíveis de serem apagadas, independente da passagem do tempo. Estes, ahhhh, estes me assustam!
Não dá para chamá-los de animais, pois animais não agem assim.
Não dá para chamá-los de índios, pois estes se respeitam e se defendem.
Não dá para chamá-los de... de nada. Nada se compara ao que o homem vem fazendo a si mesmo, destruindo tudo que Deus desejou para ele. E é triste ter que dizer que os homens estão se matando!!! Não precisamos de inimigos, de predadores para nos eliminar. Já estamos fazendo isso! A única espécie que se destrói! E o faz de forma consciente. E ainda usa nomes para se justificar: Deus, religião, ideais, fé, cultura, cor...
Basta humanidade! Não aguentamos mais ver o ódio nos olhos de tantos filhos seus! Olhos de ódio pelo irmão que não comunga das mesmas ideias. Ódio pelo irmão que não confessa da mesma fé, não tem a mesma cor, não fala a mesma língua, não pratica os mesmos costumes, não tem as mesmas opiniões. Aonde foi parar o respeito? A compreensão das desigualdades? 
Não está claro para muitos que podemos não concordar com muita coisa, mas não podemos sair por aí matando, estuprando, violentando, roubando, desviando...
Eu não concordo com tudo que vejo e sei que existe, mas aprendi que preciso respeitar e procurar conviver bem. Não cabe a mim julgar, cabe a mim amar e ver no outro alguém que, como eu, sofre, tem suas lutas, dificuldades, dilemas e carrega pedras e flores.
Triste, muito triste tudo isso!
Este texto é a forma por mim encontrada de manifestar o repúdio e indignação com todos estes eventos horrorosos que o ser humano vem protagonizando no filme exibido nas telas do cinema da vida nos últimos tempos. Últimos tempos que vem se prolongando há muito!!!
Que Deus tenha misericórdia de nós!

domingo, 12 de junho de 2016

Meu eterno namorado


Namoro é tempo de conhecimento, descobertas, amadurecimento, do encontro de duas pessoas que buscam a felicidade e o amor. O namoro é o desejo do encontro da alma gêmea, daquela pessoa com quem você deseja partilhar sua vida, seus bons e maus momentos. É a busca da parceria para a realização dos projetos e sonhos.
No namoro não se busca a própria felicidade e sim o fazer o outro feliz. Assim se encontra a felicidade desejada no encontro de almas. Todo namoro egoísta dura o tempo necessário para se descobrir que ninguém alcança a felicidade quando se olha primeiro para si mesmo.
E como é bom esse tempo! Tempo que pode durar para sempre. Relacionamentos curtos são a prova de que aquela não era a pessoa que iria passar a vida junto com você, dividindo e partilhando tudo na mesma medida. Então, não chore muito quando um namoro assim terminar; não era para ser e não seriam felizes juntos, por mais interessante e legal que tenha sido.
Você busca, eu busquei e todos que se sentem chamados a constituir uma família buscam a pessoa certa. Mas... como encontrá-la? Não há receita nem fórmula pronta. O que funciona para um, pode não funcionar para outro. Apenas deixe-se conhecer pelas pessoas e, quem sabe aí você vai achar o seu par perfeito? Perfeito? Não! Mas que buscarão juntos esse ajuste até o último dia de suas vidas.
Eu encontrei o meu namorado sem colocar uma plaquinha de "Procura-se".
Éramos jovens que se conheciam apenas de vista, sem ter trocado sequer um "oi". Aliás, nem o percebia, embora morasse na mesma cidade e passasse todos os dias em frente à sua casa ao dirigir-me para a escola. Mal imaginava que aquele jovem tão próximo e distante, seria o homem que Deus pensara para ser o meu namorado e o amor de minha vida!
E num dia em que se costuma dizer não surgir nenhuma relação séria, nos encontramos, começamos uma conversa e veio um interesse que, inicialmente, julgava não ser nada além de uma atração passageira. Só que não, embora tudo conspirasse contra! Éramos, aparentemente, diferentes nos interesses e planos de vida.
O tempo foi passando e provando que "aparência" não revela nada. Mesmo eu insistindo em dizer que nós não tínhamos "nada a ver", fomos descobrindo aos poucos que tínhamos e tudo! Ele fazia o impossível para me ver feliz e, no início, eu não era tão interessada em retribuir. Mas qual quê? Quando Deus prepara, basta abrirmos o coração para enxergar com Ele e percebermos que ali está o melhor para nós. E foi isso que aconteceu. Fomos crescendo como pessoas, juntos, e descompromisso se transformou num compromisso de vida e de almas.
À medida que nos conhecíamos, mais e mais o amor aumentava. Descobrimos que tínhamos o necessário para sermos felizes: amor, vontade de fazer o outro feliz e o desejo de construir uma família com os filhos que Deus, certamente, nos daria. Renunciamos a tudo que era supérfluo para viver nosso amor. Ele sacrificou muita coisa para me agradar e fiz o mesmo. O que percebíamos não ser do agrado do outro, sem precisar falar, deixávamos de fazer. E assim fomos edificando nosso amor que só foi aumentando com o passar do tempo e com a convivência cada vez mais próxima. Passamos a ter tudo em comum, além dos sonhos de uma vida para sempre lado a lado.
O que ele fazia antes e não se adequava mais à nova vida, ficou para traz sem remorso nem dor e o mesmo aconteceu comigo. Nossa relação com Deus e a prática da nossa vida religiosa se intensificou, e o tempo todo e em tudo de mãos dadas. Até na profissão, sem que houvesse interferência na vontade um do outro, seguimos a mesma. Trabalhamos juntos e gostávamos disso.
Foi assim, tudo em comum sem cobranças. Não dizíamos sim o tempo todo, é claro, e o "não" existiu em nosso namoro e só nos ajudou a amadurecer nossas crenças e verdades. Dois anos depois do primeiro dia, ficamos noivos e dois anos mais tarde nos casamos. Compramos móveis e o enxoval juntos. Pagamos o aluguel juntos, tudo era desse jeito: "o que é meu é seu e o que é seu é meu". Nada de separação de bens ou de gostos. Tínhamos pouco, materialmente falando, mas isso não importava, era suficiente e do que precisássemos correríamos atrás. E assim aconteceu. Crescemos na profissão e o salário melhorou um pouco. Nunca fomos ricos, mas de amor fomos e somos milionários.
Deus nos deu filhos maravilhosos. Cada um completa nossa felicidade de um jeito e nós os ajudamos a serem do bem e a amarem sem medidas e como Jesus quer. Nossa parte fazemos e a lição ficará gravada no coração deles.
Quanto ao namoro? Somos namorados para sempre! Todo dia, toda hora, manifestamos nosso amor com pequenos gestos, olhares, presentes também, por que não? Depois de 31 anos um ao lado do outro, 27 de casados, nos presenteamos sim e comemoramos o dia dos namorados como todos os outros dias especiais de nossa vida. Temos tanto em comum que não há um sem o outro. Ele é o amor da minha vida e eu o amor da sua.
E tudo começou numa terça-feira de carnaval!!!
Nosso namoro vai terminar quando Deus quiser e será o único, pois fomos feitos um para o outro, segundo a vontade do Criador.
Te amo, meu amor, meu marido, meu eterno namorado!


quarta-feira, 1 de junho de 2016

Ser chato ou ser bonzinho?

De repente, num piscar de olhos, descobre-se que amor e dedicação a uma causa se transformaram em “chatices”. 
Decepção. Susto. Reflexão.
Em seguida, a certeza de que o certo foi feito e não poderia ter sido diferente.  
Certa vez ouvi de uma grande mestra uma frase: “É preferível ser chamada de bruxa enquanto na arte de ensinar do que boazinha depois, porque a boazinha se transforma em bruxa e a bruxa em boa”.
A boazinha aceita tudo, passa a mão na cabeça do outro mesmo sabendo que está errado; elogia só pra conquistar; evita discutir ideias pra não magoar mesmo sabendo que se discutisse seria muito melhor pra se alcançar o desejado. É aquela que dá um jeitinho pra sempre estar de bem com o outro; que nunca lhe diz a verdade com medo dele se ofender; é a que aplaude até os erros com argumentos incabíveis pra se justificar. É a que se cala pra não criar atritos, ciente de que o correto seria expor a verdade.
A bruxa é a que discute ideias sem medo,  pois tem consciência de que só por esse caminho vai chegar ao destino desejado; é  a que não tem medo de magoar, pois está segura da missão de fazer o outro crescer, mesmo certa de que ele pode não compreender, no momento, sua intenção. A bruxa é a que prefere ver o outro chateado, mas ciente de que sua atitude o ajudará a crescer como pessoa humana. A bruxa não se cala diante do que é errado e não tem medo do julgamento do outro; sua intenção é proporcionar o autoconhecimento e a verdade. Ela quer formar pessoas que saibam defender suas ideias e lutar pelo que acredita.  Ela quer promover o outro, mesmo certa de que estará sendo indesejada.
A bruxa de hoje é a pessoa admirada e respeitada de amanhã, seu valor só vem depois. A boazinha é a detestada de amanhã, pois o outro se descobre despreparado pra enfrentar a vida e que foi enganado no passado.
Segundo essa concepção, no  meu presente serei sempre a bruxa que não se cala diante dos erros, que não se deitará em uma rede e dormirá sossegada, enquanto o errado estiver acontecendo. Serei a bruxa que não temerei ser assim chamada, pois tenho plena consciência de que pregar a verdade pode até ser ruim, como um remédio amargo, mas curará; enquanto o ser “boazinha” arrastará vários seguidores apaixonados no presente e só mais tarde perceberão que foram feitos de bobos o tempo todo. A verdade sempre aparece, mais  cedo ou mais tarde. Fato inegável.
Não entro numa causa ou missão por vaidade ou pra aparecer como a “tal” ou a dona da verdade. Entro por amor, compromisso e dou a vida. Se tiver que gritar o farei da mesma forma que chorarei se preciso for. E serei como o profeta que anuncia sem medo de ter a cabeça cortada ou ser crucificada. Se tiver que gritar o farei da mesma forma que se tiver que calar em favor do  bem,  mas, jamais, em momento algum serei “vaquinha de presépio ou jarro de flor a enfeitar o altar". Vim ao mundo pra fazer a diferença e o farei, ainda que isso implique em perder a vida. No dia em que tiver que me calar diante de chefes que só querem o poder, de ordens descabidas, de passos errados...posso tirar meu time de campo, pois estarei sendo uma “banana” que se descasca e a parte que  não interessa é jogada fora. Não sou  morna, nem fria, sou quente, não quero ser vomitada por ser inútil. A minha consciência estará tranquila enquanto não tiver medo do que forem me chamar. Só me preocuparei se me chamarem de “boazinha” por ter sido uma prasta deitada em berço esplendido sem a ninguém incomodar.
Você aí, não se cale diante de supostos lideres, que não passam de ditadores, lobos em pele de cordeiro! A isso se dá o nome de ditadura!  E como há ditadores aqui e ali achando que promover a harmonia é ouvir todos dizerem sim a tudo que falam!  Use suas palavras com autoridade, sem medo de ser tachado de chato. É preferível um monte de chatos porque dizem o que sentem e defendem uma causa, a muitos bonzinhos calados, medrosos e, totalmente, insatisfeitos!
E tenhamos pena dos ditadores. Coitados! Detêm um falso poder e não têm o amor de seus seguidores. Vivem a falsa ilusão de que são amados, mas estão apenas sendo seguidos, enquanto ainda não se deram conta de que podem e devem se expor e fazer valer a sua força pra fazer crescer e edificar.
Fui bruxa, sinal de que me transformarei num futuro próximo ou distante naquela que foi boa e fez a diferença. Se tivesse sabido que tinha sido boazinha, estaria muito preocupada, não teria valido a pena todo tempo ao qual dediquei minha vida.
E aos ouvintes passivos de plantão, o meu alerta: acordem pra vida! Quem cala consente e não há unanimidade sadia. Unanimidade sadia é como dizer que há algum tipo de convivência sem atrito. Impossível, as pessoas são diferentes e discutir ideias sem medo é saudável e faz parte da luta dos que amam a causa à qual abraçam.
Silêncio nem sempre é um bom sinal, pode ser comodismo e vida fácil! Pode ser sinal de “gado marcado e povo feliz!”
Sou chata convicta, de consciência tranquila e em paz, afinal sei que defendi com amor e ardor as causas pelas quais lutei até agora. Quem assim me chamou ou chama, um dia saberá e compreenderá tudo o que fiz e porque o fiz.

sexta-feira, 15 de abril de 2016

Nos conhecemos?

A gente vive o tempo todo se perguntando quem realmente somos. Conhecer-se verdadeiramente creio que nenhum de nós se conheça. Somos um turbilhão de emoções ora camufladas de forma conveniente ora liberada impensadamente ora deixada fluir com leveza.
Nos conhecemos? Na maioria das vezes e com a maioria das pessoas a resposta é SIM. Quem admite não saber com  certeza quem é  de fato? Ninguém! Todos queremos passar uma imagem de pessoas maduras, bem resolvidas, coerentes e com a cabeça no lugar. Mas no fundo do baú de nossas almas, não é bem assim.
Somos todos cheios de altos e baixos e vivemos tentando equilibrar essas diferentes sensações e reações para não passar uma imagem diversa daquela que julgamos ser a mais bem aceita pela sociedade.  Só que tem horas em que as circunstâncias nos levam a revelar o "eu" mais bem guardado que gostaríamos que ficasse lá,  bem quietinho, no fundo das nossas mais indesejadas verdades.
Nesses raros momentos deixamos vir a tona o lobo raivoso trancafiado no porão escuro de nosso ser. E com ele soltamos o que há de pior em  nós.  Depois de recolhido e novamente acorrentado, vem o lado "que fora que dei?!". Deixei claro o que desejava manter no obscuro lado que não quer se revelar.
Noutros "times" deixamos surgir o coração mole e que não se envergonha das lágrimas descendo ora  copiosamente ora discreta, quase imperceptível.
Ops!!! Não queria que soubessem sobre meu coração derretido feito manteiga no calor!
E não termina aí... em um ou outro momento surgem nossas várias "caras", cada uma adequada à situação que melhor convém ao momento. E qual delas revela quem somos realmente? Uma, com certeza preferiria, pois é a que agrada a Gregos e Romanos. Mas... não dá.  Não somos nem só fogo, muito menos água ou gelo. Somos tudo isso e ainda o vapor.
Não somos acabados, prontos, perfeitos. Somos metamorfose. Surpreendemos com o que sai de nós  e não revela o quanto gostaríamos de ser diferente.  E não somos. Não somos de um temperamento só,  de uma segurança inabalável, de uma certeza constante , de uma postura admirável. Somos fogo que incendeia, água que lava ou leva, brisa que acalma, tempestade que tudo derruba. Não tem como ser uma reta se a vida faz curvas.
Não nos conhecemos mesmo!
Mas adoro toda essa inconstância.  Ela motiva, dá nova cara a uma situação crítica, faz sorrir quando todos choram e se alegra por ver a simplicidade e pureza de uma criança distraidamente brincando na praça.
Curtamos ser assim. Ninguém jamais saberá ao certo se estamos na nossa melhor fase de artista ou no nosso mais sincero jeito humano de ser.
A única coisa que sabemos mesmo da gente é  que estamos na guerra pra vencer as batalhas que a vida nos impõe. Se for pra levar facão, vamos lá. Mas se é  pra levar flores, por que não?
#SemMedoDeSerFeliz.